Irmã Giovana também por muitos anos ficou fora do Brasil e este ano retornou, fez uma rica experiência e nos conta, nessa entrevista que ser missionários é “muito mais receber do que dar...”
Irmã Giovana, quanto tempo faz que a senhora se consagrou como Missionária dos Sagrados Corações de Jesus e Maria?
Fazem 33 anos que estou nesta congregação, porém que me consagrei através dos votos, são 29 anos.
Para a senhora o que significa ser consagrada?
Ser consagrada é um sim específico de Fé, Esperança e Caridade, que se assume através do Batismo no qual livremente se aceita dar uma resposta a Deus através dos votos de castidade, pobreza e obediência, consagrando-se para trabalhar pelo Reino em qualquer lugar do mundo por através do Carisma de uma congregação.
Conta-nos um pouco a história do seu chamado.
O Meu chamado foi surpreendente, até os treze anos a vida religiosa para mim era algo desconhecido, pois sendo de uma família muito humilde e sem ter ninguém antes de mim em minha família que tomasse a decisão de ser sacerdote ou religiosa, foi uma surpresa para todos, especialmente porque quando decidi me consagrar a Deus, era uma adolescente de caráter bem difícil e muitos achavam que não ia perseverar, mas como a misericórdia, o amor de Deus é bem maior que nossos limites, graças a Deus continuo respondendo à confiança que Deus depositou em mim.
A senhora ficou vários anos fora do Brasil?
Sim. Oito anos na Itália, quatro na Guatemala, mas também tive a graça de Deus de passar alguns dias em outros países como visitante: França, Israel, Egito, Honduras e Belize. Considero a passagem por esses países como dádiva de Deus que de uma forma ou outra sempre recompensa dando-nos o cêntuplo, quando somos dispostos a fazer sua vontade.
Como foi sua experiência estar fora da pátria?
Foi uma linda e proveitosa experiência, porque aprendi muito mais do que ensinei como se conhece, ama e serve a Deus em culturas e situações diferentes que sempre nos acolhem como missionários que não trabalham para se orgulhar, mas para partilhar o infinito amor que Deus tem para todos os seus filhos.
O que a levou ficar tão longe como missionária?
É pensar que para ser Missionário(a), Deus pode nos chamar para qualquer lugar, quando quer e como quer, pois a messe é grande e o Senhor necessita do nosso sim para levar o Evangelho a toda criatura, especialmente os excluídos e os que estão afastados do Reino por diversos motivos.
Quais foram as dificuldades e alegrias, Esperanças, perspectivas?
Dificuldades: Culturas diferentes, Idiomas, Distâncias...
Alegrias: O povo que olha para o missionário como um mensageiro de Deus que chegou para trazer esperanças de dias melhores onde todos querem viver como Irmãos filhos do mesmo Pai que não faz diferença, mas partilha o Amor, a sabedoria, a justiça e a paz que vem do próprio Deus.
Perspectivas: Que mais consagrados e outras pessoas de boa vontade se coloquem a disposição de testemunhar e anunciar o Evangelho quando o Jesus solicitar em qualquer lugar do mundo.
Conte-nos sua experiência no Brasil e na Itália...
A minha experiência no Brasil e na Itália posso dizer que graças a Deus foram ótimas, pois quando entregamos nossa vida a Deus os diferentes apostolados são maneiras de realizar nossas ações, tendo como guia o carisma que em nossa congregação seguindo os exemplos dos Sagrados Corações de Jesus e Maria que nos ensinam que para amar necessitamos Orar, Estudar e trabalhar.
E sua missão em Guatemala?
Foi o Magnificat.
O que foi marcante?
E o que mais me marcou foi a fé daquele povo que caminha dezenas de quilômetros a pé para participar da Santa Missa, cursos de catequeses e cantos para depois colocar em prática em suas aldeias nas celebrações e ensino da catequese a crianças e adultos. A confiança que eles têm nos sacerdotes e missionários, a cultura, no qual, não impedem a vivência da religião Cristã, os sacrifícios que eles fazem em preparação das grandes celebrações religiosas, a alegria de partilhar o pouco que têm...
Qual é a sua nova missão?
A minha volta para o Brasil, foi uma resposta a um pedido que fiz a Madre geral, que com muito carinho aceitou. Atualmente a minha missão é na Creche Sagrados Corações de Ponta Grossa (PR), que estou desempenhando com grande alegria por continuar servindo ao Senhor, trabalhando na educação Infantil e com as famílias das mesmas, com a ajuda de nossas Irmãs, Funcionárias e outras pessoas que com tanta disponibilidade colaboram na nossa missão.
Que os Sagrados Corações de Jesus e Maria abençoem e guiem nossas missões em qualquer lugar do mundo.
Irmã Giovana Martins
Irmã Lorena, parabéns! Agora é uma blogueira de primeira! Mudou até a carinha do blog para muito melhor. Abraço!
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