domingo, 27 de novembro de 2011

TEMPO DO ADVENTO

Finaliza-se mais um ano litúrgico e inicia o Advento.
A primeira vinda já aconteceu. A segunda ainda não.
O que fazer entre uma e outra?


Texto: Postulantes das Irmãs Missionárias dos Sagrados Corações de Jesus e Maria

O primeiro significado do advento não é o de preparar o Natal porque Jesus já nasceu. O novo povo de Deus, que somos nós, está encarregado de preparar a segunda vinda. A preparação para a primeira vinda do Salvador foi acontecendo dentro da história do povo “escolhido por Deus”, o povo de Israel. A preparação para a segunda vinda vai acontecendo também dentro da história da humanidade toda. Não é mais um só povo que prepara a vinda de Cristo, é toda a humanidade.

Todos os acontecimentos da história nos revelam a presença de Deus em meio ao seu povo. Nós precisamos ter sensibilidade para ir descobrindo nos acontecimentos os sinais de Deus. É o tempo de voltarmos para Deus que nos ama e que está bem perto de nós. É tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança, esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das perseguições.

João Batista é uma figura marcante do advento, ele anunciou que a salvação é a remissão de todos os pecados não é por méritos humanos e sim resultado de imensa misericórdia de Deus. Por seu impressionante e vigoroso testemunho de adesão a Cristo cedeu lugar ao Messias na corajosa tomada de posição: “É preciso que Ele cresça e que eu diminua”. João Batista anunciava Cristo já presente no meio do povo, ele foi o último dos profetas do antigo testamento e o primeiro do novo testamento. Todos os profetas anunciaram o Cristo que viria e João anunciou o Cristo já chegado.

Os que se comprometem com o projeto de Deus têm em João Batista um exemplo acabado de pessoa comprometida e consequente com seu compromisso. Somos chamados à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança da sua vinda. É necessário que “preparemos o caminho do Senhor” nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na palavra.

Coroa do advento
O que é?

A coroa do advento contém uma linguagem de silêncio, mas que fala forte através do círculo, da luz, das cores, dos gestos correspondentes... É preparada com ramos de cipestre, de pinheiro ou de outra árvore ornamental que lembra a esperanã cristã, alimentada com a proximidade do Natal e quatro velas que vão sendo acesas a cada domingo.

Origem.

Surgiu na Alemanha, no século XIX, ao Norte. Os colonos, para comemorarem a chegada do Natal, a noite mais fria do ano, acendiam fogueiras e sentavam-se ao redor. Mais tarde, não podendo acendê-las dentro de casa, tiveram a idéia de tecer uma coroa de ramos de abeto (uma espécie de pinheiro), enfeitando-a com flores e velas.

A forma circular

A coroa de forma circular significa sem começo e sem fim. É sinal do amor de Deus, que é eterno, é também da nossa initerrupta dileção ao Criador e a o próximo. A circularidade está ligada à perfeição. O redondo cria harmonia, junta, une. Lembra-nos, que somos integrantes de um mundo circular, onde o processo do universo e da vinda é cíclico: o círculo do ano, do tempo, o ir e vir da história, sempre marcado pela presença daquele que é a luz do mundo.

As velas

No advento, a cada domingo, acende-se uma vela da coroa. De uma a uma, a luz vai aumentando, até chegar na grande festa da luz que proclama Jesus Cristo como Salvador, Sol do nosso Deus que nos veio visitar, que armou sua tenda entre nós. A luz das velas simboliza a nossa fé e nos leva à oração, e simbolizam as quatro manifestações de Cristo:

Encarnação, Jesus Histórico;
Jesus nos pobres e necessitados;
Jesus nos Sacramentos;
Parusia: Segunda vinda de Jesus.

Cores

1° Domingo – Vela verde: Significa esperança, simboliza a alegria do Rei David, que celebra a aliança e sua continuidade.

2° Domingo – Vela branca: significa paz, pureza e vitória; simboliza o perdão a Adão e Eva.

3° Domingo – Vela rosa: significa alegria, antecede o natal, representa o ensinamento dos profetas que anunciaram um reino de paz e de justiça. Durante o advento prevalece a cor roxa, simbolo da interiorização, expectativa, angustia da espera, recolhimento.

4° Domingo - Vela vermelha: significa o sangue derramado, o Espírito Santo, o amor, representa a fé dos patriarcas, os quais creram no dom da terra prometida.

Boa preparação para o Natal!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Irmã Viviana e o MOVIMENTO ESCALADA

O MOVIMENTO

O Movimento Escalada foi introduzido na Paróquia São José (Osvaldo Cruz – SP), em 1984 pelo saudoso Padre José Maria Louvera, e, desde então, estamos realizando nossos encontros sempre com mais de 50 jovens, aqui e pelo país, bem como fazendo semanalmente nossas reuniões, com um comparecimento médio também de 50 jovens.

O Movimento tem como objetivo o aprofundamento dos seguintes valores:

a) Personalidade:

– Descoberta da natureza;
– Descoberta do próprio Eu e sua MISSÃO –
VOCAÇÃO;
– Descoberta do outro;

b) Família e Igreja;

c) Deus – Jesus Cristo – Eucaristia.


Proporciona também ao adolescente um clima favorável para experimentar um tempo forte na sua formação humana e religiosa.
Tem ainda como metas promover o intercâmbio de adolescentes com 15 anos ou mais, de diferentes grupos, localidades e classes sociais, além do exercício experimental de vivência do momento presente.

Hoje, após 27 anos de contínua existência, somos mais de 2.500 alpinistas em nossa Paróquia que, por três dias, abriram seu coração e mente para ouvir, refletir e partilhar sobre as coisas da natureza, família e Deus, deixando os prazeres momentâneos e efêmeros da vida para buscar algo mais concreto, que realmente valesse e valha a pena.

No início, em 1984, eram aproximadamente apenas 30 jovens imbuídos de vontade, e tal vontade foi sendo multiplicada, sempre valorizando a unidade e partilhando a fraternidade, numa verdadeira, sincera e pura amizade. Hoje, com certeza, o resultado daquele esforço foi e está sendo recompensado, afinal, já foram realizadas em nossa Paróquia 47 escaladas, sendo a última em 29 e 30 de abril e 1º de maio e já estamos prontos para a 48ª Escalada no mês de setembro.

O Movimento foi e é importante para todos, desde os inúmeros jovens que por ele passaram e também para a comunidade, afinal como o próprio nome diz é um constante movimento, onde não ficamos parados, estando sempre a procura do aperfeiçoamento interior, do auxílio àqueles que necessitam e também, por consequência, auxiliando toda a comunidade, afinal busca-se sempre a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

Não se pode deixar de citar a frase: “Vale a pena investir no jovem”, a qual era constantemente expressa pelo Padre José Maria, sendo repleta de sabedoria, afinal completando 27 anos de existência confirma-se que realmente é fundamental investir e crer nas capacidades e talentos de nossos jovens e, tenham a certeza, que continuaremos investindo e escalando.
Fonte: http://escaladaocz.blogspot.com
Testemunho da Irmã Viviana


“Como Missionária dos Sagrado Corações de Jesus e Maria, já há dois anos faz parte de meu trabalho acompanhar os jovens do MOVIMENTO ESCALADA, nos dois retiros que realizam por ano, em uma fazenda na região de Osvaldo Cruz, como diretora espiritual e organizadora da liturgia. Neste ano, tivemos uma ESCALADA do dia 29 de abril ao dia primeiro de maio e outra de 23 a 25 de setembro.

Cada vez mais a procura para participar do MOVIMENTO ESCALADA vem aumentando. Neste ano tivemos a inscrição de 152 jovens e como todas as escaladas têm um número fixo de 53 jovens participantes, foi necessária a realização de um sorteio como critério para partipação.

Um abraço.
Ir. Viviana”

sábado, 5 de novembro de 2011

Irmã Giovana - Ser Missionária: receber mais do que dar...

“Através do nosso carisma nos sentimos inseridas na Igreja local na qual realizamos a nossa Missão como deseja o Coração de Jesus. Deste modo compartilhamos com Ele o desejo que o fogo do Amor, que Ele veio trazer sobre a terra, seja difundido sempre e em todo lugar, de modo que atinja todo mundo, a fim de que os frutos da Redenção sejam distribuídos a todos os homens da terra” . Assim expressam a “Linhas Fundamentais do Carisma das Irmãs Missionárias dos Sag. Corações sobre o sentido de ser missionárias.
Irmã Giovana também por muitos anos ficou fora do Brasil e este ano retornou, fez uma rica experiência e nos conta, nessa entrevista que ser missionários é “muito mais receber do que dar...”

Irmã Giovana, quanto tempo faz que a senhora se consagrou como Missionária dos Sagrados Corações de Jesus e Maria?
Fazem 33 anos que estou nesta congregação, porém que me consagrei através dos votos, são 29 anos.

Para a senhora o que significa ser consagrada?
Ser consagrada é um sim específico de Fé, Esperança e Caridade, que se assume através do Batismo no qual livremente se aceita dar uma resposta a Deus através dos votos de castidade, pobreza e obediência, consagrando-se para trabalhar pelo Reino em qualquer lugar do mundo por através do Carisma de uma congregação.

Conta-nos um pouco a história do seu chamado.
O Meu chamado foi surpreendente, até os treze anos a vida religiosa para mim era algo desconhecido, pois sendo de uma família muito humilde e sem ter ninguém antes de mim em minha família que tomasse a decisão de ser sacerdote ou religiosa, foi uma surpresa para todos, especialmente porque quando decidi me consagrar a Deus, era uma adolescente de caráter bem difícil e muitos achavam que não ia perseverar, mas como a misericórdia, o amor de Deus é bem maior que nossos limites, graças a Deus continuo respondendo à confiança que Deus depositou em mim.

A senhora ficou vários anos fora do Brasil?
Sim. Oito anos na Itália, quatro na Guatemala, mas também tive a graça de Deus de passar alguns dias em outros países como visitante: França, Israel, Egito, Honduras e Belize. Considero a passagem por esses países como dádiva de Deus que de uma forma ou outra sempre recompensa dando-nos o cêntuplo, quando somos dispostos a fazer sua vontade.

Como foi sua experiência estar fora da pátria?
Foi uma linda e proveitosa experiência, porque aprendi muito mais do que ensinei como se conhece, ama e serve a Deus em culturas e situações diferentes que sempre nos acolhem como missionários que não trabalham para se orgulhar, mas para partilhar o infinito amor que Deus tem para todos os seus filhos.

O que a levou ficar tão longe como missionária?
É pensar que para ser Missionário(a), Deus pode nos chamar para qualquer lugar, quando quer e como quer, pois a messe é grande e o Senhor necessita do nosso sim para levar o Evangelho a toda criatura, especialmente os excluídos e os que estão afastados do Reino por diversos motivos.

Quais foram as dificuldades e alegrias, Esperanças, perspectivas?

Dificuldades: Culturas diferentes, Idiomas, Distâncias...
Alegrias: O povo que olha para o missionário como um mensageiro de Deus que chegou para trazer esperanças de dias melhores onde todos querem viver como Irmãos filhos do mesmo Pai que não faz diferença, mas partilha o Amor, a sabedoria, a justiça e a paz que vem do próprio Deus.
Perspectivas: Que mais consagrados e outras pessoas de boa vontade se coloquem a disposição de testemunhar e anunciar o Evangelho quando o Jesus solicitar em qualquer lugar do mundo.

Conte-nos sua experiência no Brasil e na Itália...
A minha experiência no Brasil e na Itália posso dizer que graças a Deus foram ótimas, pois quando entregamos nossa vida a Deus os diferentes apostolados são maneiras de realizar nossas ações, tendo como guia o carisma que em nossa congregação seguindo os exemplos dos Sagrados Corações de Jesus e Maria que nos ensinam que para amar necessitamos Orar, Estudar e trabalhar.

E sua missão em Guatemala?
Foi o Magnificat.


O que foi marcante?
E o que mais me marcou foi a fé daquele povo que caminha dezenas de quilômetros a pé para participar da Santa Missa, cursos de catequeses e cantos para depois colocar em prática em suas aldeias nas celebrações e ensino da catequese a crianças e adultos. A confiança que eles têm nos sacerdotes e missionários, a cultura, no qual, não impedem a vivência da religião Cristã, os sacrifícios que eles fazem em preparação das grandes celebrações religiosas, a alegria de partilhar o pouco que têm...

Qual é a sua nova missão?
A minha volta para o Brasil, foi uma resposta a um pedido que fiz a Madre geral, que com muito carinho aceitou. Atualmente a minha missão é na Creche Sagrados Corações de Ponta Grossa (PR), que estou desempenhando com grande alegria por continuar servindo ao Senhor, trabalhando na educação Infantil e com as famílias das mesmas, com a ajuda de nossas Irmãs, Funcionárias e outras pessoas que com tanta disponibilidade colaboram na nossa missão.

Que os Sagrados Corações de Jesus e Maria abençoem e guiem nossas missões em qualquer lugar do mundo.
Irmã Giovana Martins